Escola como espaço de travessia

por Edmilson de Castro

Coordenação Pedagógica do Ensino Médio

 

Em uma escola cujo projeto pedagógico esteja alinhado com uma perspectiva crítica de educação, o currículo abrange outros campos de conhecimento e de produção de experiências, sem descuidar do que acontece em sala de aula.

A imagem mostra um aluno em uma ilha de edição de imagens.

foto arquivo - Jornalismo SiV 2021

Quando se fala de escola e de suas finalidades e atribuições, o foco da análise quase sempre se dirige para a sala de aula e o modo como cada disciplina põe em prática aquilo que costumamos chamar de currículo.

O currículo, neste caso, passa a ser o conjunto de saberes que cada área de conhecimento acumulou ao longo do tempo e que cada professor ou professora deve ensinar e todo aluno ou aluna deve aprender. E provar que aprendeu. 

Isso faz da escola o lugar da prova, da vigilância e da metodologia, uma espécie de território onde a vida e as experiências relacionais são vigiadas e regradas por dispositivos que têm a sala de aula como seu território privilegiado.

O papel da escola na formação

Esta visão de currículo, predominante ainda hoje na educação, afeta consideravelmente o papel da escola na formação de jovens e crianças, ao reduzir as experiências escolares ao saber acadêmico e seu domínio atestado pelos resultados obtidos em avaliações e exames.

Em uma escola cujo projeto pedagógico esteja alinhado com uma perspectiva crítica de educação, o currículo abrange outros campos de conhecimento e de produção de experiências, sem descuidar do que acontece em sala de aula.

Nesta perspectiva, o currículo é entendido como o campo onde diferentes práticas, vivências e experiências são desenvolvidas ao longo do ano letivo, extrapolando o que acontece em sala de aula e, ao mesmo tempo, engajando os grupos e segmentos que constituem a escola em projetos de ação e intervenção, que conectam o mundo escolar com os devires da vida e da sociedade.

A imagem mostra um grupo de 3 alunos avaliando alguns papéis.

foto arquivo - organização SiV 2021

Movimento de travessia

No Ensino Médio da Escola Viva, este movimento sugere uma travessia cujo ponto de partida é a sala de aula e sua continuidade acontece nos vários projetos desenvolvidos por alunos, alunas e equipe pedagógica naquilo que denominamos de protagonismo jovem.

A partir dos projetos criados e implantados por estudantes e equipe pedagógica no campo do protagonismo, todos eles implicados com questões de interesse social, político, ambiental e cultural, a Escola Viva pretende proporcionar um conjunto práticas que contribuam para que cada estudante, ao se engajar em uma proposta de intervenção, aprenda a importância que o posicionamento organizado e crítico têm para a solução de questões que dizem respeito a todos e a cada um.

Projetos de protagonismo 

Os projetos do protagonismo estudantil funcionam, nesse sentido, como um tipo de ação educacional que amplia e diversifica os conhecimentos e saberes que a escola pode ensinar, sendo, ao mesmo tempo, um excelente espaço para a aprendizagem do trabalho colaborativo, do exercício da crítica e da argumentação oral e o desenvolvimento da consciência política.

Ao estudante do Ensino Médio, a Escola Viva oferece várias possibilidades de envolvimento com o protagonismo estudantil. 

Protagonismo na Escola Viva

Dentre eles, destacamos:

  •  a SiV (Simulação Viva) - projeto que possibilita, a partir da reprodução do funcionamento de instituições de fóruns de debates, a discussão de problemas de importância política, econômica e social, de alcance nacional ou global; 

A imagem mostra uma tela de computador dividida em retângulos. Cada retângulo traz a imagem de uma pessoa.

foto arquivo - encontro SiV 2021

  • o Cineclube Viva, projeto em que alunos, alunas, professores e interessados, discutem a estética do cinema  e suas diferentes vertentes cinematográficas.

A imagem mostra uma parece com colagens de cartazes de filmes. Na frente uma menina organizando livros em um mesa.

foto arquivo - preparação Cineclube

Além desses projetos, os estudantes também podem participar do VivaFest, festival de música que reúne grupos musicais da escola e bandas convidadas de outras instituições de ensino, em um encontro - idealizado, organizado e executado por alunos e alunas - que contempla, também, ex-estudantes da Escola Viva.

Veja alguns momentos da edição VivaFest 2021 aqui.

 

Além desses, destaque-se também as ações de luta e conscientização travadas pelo Comitê Feminista - Coletivo Viva por Elas, em torno das questões de gênero e dos direitos das mulheres e que contribuem diretamente para a reflexão do problema da discriminação que afeta diferentes grupos sociais no Brasil e no mundo.

Veja um depoimento do Coletivo Viva por Elas.

 

Formação da juventude

Todos estes projetos e ações demonstram o quanto a Escola Viva entende que a formação da juventude não se limita ao conhecimento acadêmico ensinado em sala de aula.

Para nós, o ato de ensinar e aprender envolve uma multiplicidade de saberes, afetos e conhecimentos que devem fazer do viver escolar um tempo de permanente experiência de si, tempo em que estudantes e educadores possam, conjuntamente, fazer deste encontro um momento de permanente reinvenção do modo de estar junto no ambiente escolar.

 

Baixe o ebook:  Projetos de vida: como a escola pode ajudar jovens estudantes a construírem seus futuros

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