Ensino Médio: como escolher uma escola para seu filho

Edmilson de Castro - Coordenação Pedagógica Escola Viva

Confira quais critérios são importantes na hora de escolher a escola de ensino médio para o seu filho. Para Edmilson Castro, coordenador do Ensino Médio da Escola Viva, valores e princípios do projeto escolar são norteadores para as famílias no momento da escolha.

Por Edmilson Castro

Dentre as muitas decisões importantes que as famílias terão que tomar ao longo da vida, está a de escolher em que escola seu filho ou filha deverão estudar. Se no início do processo de escolarização de uma criança, a escolha da escola já é uma decisão complexa, quando o adolescente está em vias de começar os três anos do ensino médio, última etapa da educação básica, as incertezas aumentam, tendo em vista as expectativas que o vestibular e o ingresso no ensino superior acarretam, já que se entende que é neste momento que se decide o futuro do indivíduo.

Parte deste problema decorre do modo como a escola, como instituição moderna, construiu sua imagem ao longo de sua trajetória. Nesta caminhada secular, a escola fez transbordar para a sociedade, a imagem de uma instituição destinada a solucionar todos os problemas humanos, bastando para isso que as crianças e os jovens nela ingressassem e lá permanecessem por muitos anos, recebendo informações, ideias e valores que lhes possibilitariam, ao término de sua jornada escolar, dar um rumo seguro às suas vidas e, ao mesmo tempo, sanar toda sorte de problemas, pessoais ou sociais, pelo caminho.

A escola moderna é, sem dúvida, uma instituição paradoxal, na medida em que parte de sua energia e potência, decorre de suas experiências passadas e suas tradições, que lhe dão sustentação e, ao mesmo tempo, a tornam refratária às inevitáveis rupturas provocadas pela transformação histórica.

Por outro lado, a escola jamais deixa de organizar suas ações sem levar em consideração certa ideia de futuro, ainda que cheia de imprecisões e incertezas, já que é para lá que pretende destinar todos aqueles jovens que recebem seus ensinamentos.

Embora difícil, é possível escolher com certa segurança a escola do ensino médio  se alguns parâmetros forem utilizados como norteadores dessa escolha.

Projeto pedagógico e construção do currículo

Tomar como ponto de partida a relação que a escola e seu projeto curricular guardam com o tempo presente é um elemento essencial para decidir onde o jovem deverá ser matriculado.

Mais do que um apego forte às tradições ou uma perspectiva prometeísta de mundo e sociedade, o projeto escolar a ser escolhido deverá estar preocupado e atento ao que se passa aqui e agora, de modo a que os estudantes sejam desafiados a um permanente processo de conexão entre o que estudam e suas ressonâncias com o que acontece no e com o mundo no qual estão inseridos.

Dito de outra forma, é preciso que os saberes desenvolvidos e construídos pelos estudantes sejam pensados e trabalhados tendo como premissa básica a formação de um indivíduo que usa seus conhecimentos como uma caixa de ferramentas, útil na tomada de decisões no momento presente.

Neste sentido, a escolha da escola depende, inevitavelmente, da conjugação dos valores e princípios da família com aqueles  do projeto pedagógico da escola.

A afinidade entre a visão de mundo dos pais e dos adolescentes e os princípios filosóficos e educacionais da proposta curricular é condição primordial para escolher a escola. Sem isso, a desconfiança poderá provocar atritos e animosidade, tornando as relações de aprendizagem e ensino, tensas e improdutivas.

Ao escolher uma escola para matricular seu filho ou filha, a família não escolheu apenas uma metodologia de ensino; escolheu, acima de tudo, fazer um pacto em torno de valores, ideias e princípios. Optou, portanto, por fazer parte de uma comunidade que tem um posicionamento ético frente ao mundo, suas contradições e conflitos.

A opção de matricular o filho em determinada instituição deve considerar o grau de compromisso, autenticidade e sinceridade expressos em sua proposta e nas ações que acontecem em seu dia-a-dia.

É esta coerência que torna verdadeiro o que está prescrito em um projeto pedagógico específico que permite com que o trabalho educativo assegure ao aluno ou aluna um tipo de ensino que vai muito além da percepção da educação como mera mercadoria, fazendo com que as relações de aprendizagem e ensino sejam caracterizadas, acima de tudo, por um encontro, onde ética, seriedade e desejo de transformação individual e coletiva, aproximem todos os envolvidos no processo, dos pais aos educadores.

Escuta, empatia e engajamento na escola

Finalmente, é preciso considerar  o quanto a escola está aberta para ouvir o outro.

Toda e qualquer escola lida com algumas contradições e embates. Como coletivo social, a escola tem que lidar em seu funcionamento diário, com inúmeras demandas dos diferentes setores e públicos que a constituem.

É por esta razão que uma escola preocupada com seu tempo e com a formação de estudantes conectados com o mundo presente, deve estimular o engajamento e a participação dos alunos nos mais diferentes projetos de intervenção no plano social e no interior da escola.

Para que isto aconteça de maneira sólida e orgânica, os canais de participação e diálogo devem integrar os pressupostos que orientam as ações cotidianas, garantindo assim o espaço e o tempo necessários ao exercício de debate e da crítica, elementos imprescindíveis para a formação de um sujeito capaz de lidar com a complexidade da vida contemporânea.

Escolher uma escola não é uma tarefa fácil. Envolve inúmeros fatores, ansiedades, expectativas e podemos dizer que até mesmo certa dor. Afinal de contas, uma escolha como esta, carregada de incertezas, guarda o traço irregular de uma aventura.

Mas como diz o poeta português Miguel Torga “em qualquer aventura, o que importa é partir, não é chegar”.

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Edmilson de Castro é coordenador pedagógico do Ensino Médio da Escola Viva. É formado em História com especialização em Educação.

Foi coordenador pedagógico no Universitário Alphaville e no Colégio São Domingos e Friburgo. Foi professor do Espaço Pedagógico e Espaço Atual e prestou assessoria educacional para as prefeituras de São Paulo, Campinas, Embu, entre outras. 

Trabalha com formação de educadores por meio de cursos, palestras e assessorias em torno de temas como currículo, avaliação, planejamento, in/exclusão e pensamento da diferença ligado aos estudos foucaultianos.

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